sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Mais fósseis





Fósseis recolhidos ao longo dos anos na área costeira e rural do concelho de Sintra e na zona de Xabregas, em Lisboa.























Fotografias de C@rlos Baptista

(Dezembro de 2016)




quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Capela de São Lázaro - São Pedro de Sintra





Desconhece-se a época da fundação da capela de São Lázaro e da Gafaria de Sintra, que lhe estava associada. José Alfredo Azevedo cita as conclusões do Visconde de Juromenha a partir de um documento de 1409, sustentando que, por esta data, "já excedia a memória dos homens a fundação do Hospital e Gafaria" (cf. AZEVEDO, 1984, p.9). Certo é que nos finais do século XV, altura em que o conjunto monumental foi objecto de grandes obras, a capela já existia.









Deve-se à rainha D. Leonor o aspecto geral actual da capela, assim como um Tombo dos Bens do Hospital e Gafaria da Vila de Sintra, que AZEVEDO, 1984, p.11, admite poder pertencer já à década de 20 do século XVI. 



As parcelas mais antigas que se conservam no monumento inserem-se perfeitamente no vocabulário artístico da altura, genericamente designado por Manuelino. O portal principal é o elemento exterior que melhor evidencia esse momento artístico e, presumivelmente, datará de uma data já relativamente tardia, dado o carácter atípico da sua forma: "em arco deprimido emoldurado por toro torso" (NOÉ, 1991 e MARQUES, 2004, DGEMN on-line), assentando, por sua vez, em bases facetadas típicas do Manuelino. Ainda na frontaria, encimando a janela quadrangular gradeada do segundo registo, existe um escudo de D. Leonor que, pela sua posição dominante, tutela a fachada principal e é o derradeiro ponto de olhar para quem observa o alçado.










No interior, as alusões directas à rainha encontram-se nos três bocetes da abóbada da capela-mor, em cujas faces se representou o pelicano (emblema de D. João II), o escudo bipartido do reinado deste monarca e, finalmente, o camaroeiro (emblema da rainha) (AZEVEDO, 1984, p.16). Esta abóbada, a mais complexa do conjunto, cobre dois tramos e é de perfil estrelado, com cadeia central interrompida pelos bocetes, solução que contrasta com o esquematismo e simplicidade da obra arquitectónica.



Com efeito, se para a construção contribuiu o casal régio (ou apenas D. Leonor), o resultado final foi um templo de linhas depuradas e de planta modesta, articulando nave única, de dois tramos abobadados em cruzaria de ogivas e capela-mor de menores dimensões e volumetria. A reforçar esta simplicidade deliberada, está a fachada principal, cujos elementos divisores foram resumidos ao essencial (um portal e uma janela, em relação axial entre si), sendo a empena triangular, como é comum acontecer nas igrejas modestas tardo-medievais e modernas. Para além disso, quase não existem janelas laterais (à excepção de duas, quadrangulares e gradeadas, colocadas no início da nave, por onde os leprosos podiam assistir à missa e que, por isso, não deveriam dar directamente para o exterior). A falta de iluminação é flagrante na pequena capela-mor e contribui para o aspecto soturno de todo o interior do templo, onde apenas o frontal de altar de azulejos hispano-árabes parece atenuar a austeridade do espaço.








Na posse da Misericórdia local a partir de 1545, não consta que tenham existido grandes melhoramentos no conjunto ao longo da época moderna (IDEM, 1984, p.18). 



Sabemos que, a seguir ao Terramoto de 1755, a capela desempenhou funções de paroquial de São Miguel, por esta ter praticamente ruído com o sismo. Só no século XX voltamos a conhecer algumas obras importantes. Em 1932, porque a capela ameaçava cair, a DGEMN promoveu trabalhos de restauro, que visaram reconstituir a obra original manuelina. Assim, a par da natural consolidação estrutural, verificou-se um processo de reinvenção de algumas partes em falta, como a "reconstituição de artesões mutilados e consolidação dos fechos ornamentados" ou a "substituição de cantarias mutiladas no arco triunfal e porta principal", entre outros (NOÉ 1991 e MARQUES, 2004, DGEMN on-line). Apesar destas opções restauradoras, a pequena capela de São Lázaro conserva-se como um dos mais importantes conjuntos manuelinos da vila, importância que é reforçada pela ainda obscura gafaria que lhe deu primeira razão de existência.





Capela classificada como IIP - Imóvel de Interesse Público





Texto retirado da Direcção - Geral do Património Cultural






Fotografias de Rafael Baptista
(Dezembro de 2016)





domingo, 25 de dezembro de 2016

Ponte Romana de Catribana





 Recentemente restaurada 
pela edilidade sintrense.












A Ponte Romana de Catribana, sobre a Ribeira da Samarra, situa-se próxima da aldeia da Catribana, na freguesia de São João das Lampas, concelho de Sintra.



Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público.
























Fotografias de Rafael Baptista e de C@rlos Baptista
(Dezembro de 2016)





Fóssil




Fóssil encontrado em 
zona rural – Magoito.









Fotografia de Rafael Baptista

(Dezembro de 2016)






Abrigo de pastor









Abrigo para pastor na área do Parque Natural de Sintra - Cascais.




















Fotografias de C@rlos Baptista
(Dezembro de 2016)




segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Marcas cruciformes em Vila Flor











A antiga judiaria de Vila Flor (Trás-os-Montes), situa-se entre a Rua Nova e a Travessa da Rua Nova, muito próximo do "Arco de D.Dinis", abrangendo a Travessa da Fonte Romana, Ruas D. Dinis, do Saco e da Portela.











Nesta pequena área habitacional, os judeus desenvolveram as suas artes e ofícios, como o comércio, os curtumes e a ourivesaria.



A comuna hebraica já estaria presente nesta povoação desde o século XIII.












 Fotografias de R@fael Baptista
(Setembro de  2015)






terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Sé de Lisboa






























Construída, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana, o primeiro impulso edificador da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da Reconquista da cidade, e os primeiros anos do século XIII, projecto em que se adoptou um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra, com três naves, trifório sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira tripartida, modelo essencialmente de raiz normanda.





















Nos séculos seguintes, deram-se as transformações mais marcantes, com a construção da Capela de Bartolomeu Joanes, do lado Norte da entrada principal (uma capela privada de carácter funerário instituída por este importante burguês da Lisboa medieval, para si e para os seus companheiros), o claustro dionisino (obra marcante na evolução da arte gótica nacional, que apesar da sua planta irregular e localização a nascente do conjunto edificado, é uma das construções mais emblemáticas no processo de renovação arquitectónica e escultórica verificada no reinado de D. Dinis) e, especialmente, a nova cabeceira com deambulatório, mandada construir por D. Afonso IV para seu panteão familiar. Esta constitui o mais importante capítulo gótico entre Alcobaça e a Batalha e é o único deambulatório catedralício gótico nacional.



























































Considerado Monumento Nacional 


Texto retirado de: www.patrimoniocultural.pt




Fotografias de Rafael Baptista e de 
Manuela Videira

(2015)