domingo, 28 de junho de 2020

Palácio Nacional de Sintra









Neste preciso palácio, ecoaram vozes do passado que ainda hoje falam na primeira pessoa.
Reis, navegadores, poetas,  homens da ciência, gente da guerra e da paz, embaixadores de regiões longínquas, todos eles, deambularam pelos corredores estreitos e húmidos desta sumptuosa moradia dos monarcas portugueses.











Construído durante a ocupação muçulmana, a traça que hoje lhe conhecemos é fruto de obras sucessivas de ampliação.
Depois da Reconquista , o Paço passou para a posse da Coroa e foi substancialmente ampliado, não só no reinado de D. Dinis, monarca que preceituou, em 1281, que a conservação do Paço estaria a cargo dos mouros forros de Colares.
Ainda mais significativas foram as obras iniciadas no reinado de D. João I , inícios do séc. XV, responsável pelo corpo central do edifício.




















Já durante o reinado de D. Manuel I , no primeiro quartel do séc. XVI, foi acrescentado vários corpos, enriquecendo o interior do palácio, hoje, possuidor da mais significativa colecção de azulejos mudéjares  do mundo.
Apresenta características de arquitectura medieval, gótica e manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitectura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios, escadas, corredores e galerias. 
Todo este conjunto edificado é dominado por duas grandes chaminés geminadas, que coroam a cozinha e que actualmente, constituem um dos símbolos de Sintra mais conhecidos pelo mundo.












Porta de traça manuelina









Marcas de canteiro




















Fotografias de C@rlos Baptista

(Junho de 2020)