Localizado no alto de uma colina, sobranceiro a uma
belíssima planície alentejana, o castelo de Montemor-o-Novo tem uma história
riquíssima, castelo que provavelmente
assenta no sítio de um antigo castro pré-histórico, com posterior
ocupação romana e muçulmana.
Ruínas da antiga vila de Montemor-o-Novo
(séc. XV - XVII)
Construído no século. XIII, esta fortificação limitar
recebeu intervenções até ao século. XVI.
Na época da reconquista cristã, coube ao rei D. Sancho
I, a sua passagem para a posse portuguesa, para no reinado de D, Dinis, por
volta de 1365, se proceder a grandes melhorias nas defesas.
No alto domina e protege a cidade desde há séculos. A
sua cintura triangular, reforçada por torreões, desenvolve-se em torno de uma
colina com um cabeço em cada vértice. Delimitava a antiga área urbana
localizada no seu interior, actualmente, completamente arruinada.
Paço dos Alcaides
Estas ruínas constituem o que resta da sede da antiga alcaidaria de Montemor-o-Novo.
Na década de 20 do século XVI, o edifício sofreu algumas obras de remodelação, no decurso das quais terão sido incorporadas as decorações manuelinas que ainda subsistem.
Tem uma porta flanqueada por torres em cada ângulo, mais
uma entrada de acesso à alcáçova, sobre o Monte Maior, onde estão as ruínas do
Paço dos Alcaides e da cisterna; ali perto, adossada ao exterior da muralha,
fica a imponente torre que poderá ter sido a de menagem.
Montemor-o-novo, que pertenceu a D. Nuno Álvares
Pereira, conheceu anos de muita prosperidade, a partir do século XV, devido ao
facto de Évora ser residência dos reis, por largos períodos, o que incentivava
o comércio em a toda a região.
O terramoto de 1755 causou grandes danos ao castelo, tendo ainda resistido aos ataques das tropas napoleónicas, mas progressivamente foi abandonado, acelerando-se o estado de ruína ao longo do século XX.
Actualmente o castelo conserva o lanço principal da
muralha, protegida por onze torreões cilíndricos e as ruínas da alcáçova, ou
Paço dos Alcaides, uma construção de inícios do século XIII.
Fotografias de Rafael Baptista e de C@rlos Baptista
(Julho de 2019)