terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Fósseis









Fósseis recolhidos por Teresa Renier na aldeia do Carvalhal – Cheleiros, concelho de Mafra.















Fotografias de C@rlos Baptista

(Janeiro de 2018)





quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Núcleo Museológico Medieval - Moderno de Almada Velha















Silos medievais da época muçulmana, situados na
 antiga Judiaria de Almada












Neste local foram encontrados pelo menos 26 silos da época islâmica, bem como estruturas habitacionais quatrocentistas e uma enorme variedade de artefactos datados entre os séculos XII e XIX.



Estes silos foram numa primeira fase utilizados para a conservação de alimentos (cereais, carne e peixe seco ou salgados, frutos secos e até azeite), possuem diferentes formas e capacidades, que se crêem intimamente relacionadas com o que seria o seu conteúdo.



As estruturas habitacionais já surgem numa altura em que os silos se encontravam entulhados. A maioria destas encontra-se ao nível das fundações, ou pouco mais. Destas, destaca-se uma casa de habitação com varandim de madeira, do qual sobreviveram dois buracos estruturados e argamassados, destinados a suportar os barrotes de apoio.
Foi encontrado também, adossado à parede de uma das casas, um esgoto e uma caixa de recepção de águas.



Com o passar do tempo, houve a alteração do respectivo uso e função do Sítio.
Os silos deixaram de servir de armazém a um comerciante muçulmano para, com a reconquista cristã de finais do século XII, se transformarem em vazadouros de lixo. Sobre eles contruiram-se as habitações que, sem razão aparente, foram abandonadas no inicio do século XVI.
























Com a mudança de proprietarios e divisão de terras, a área modificou-se, passando a ser um quintal, função que manteve até ao inicio das escavações arqueológicas.



O período medieval/moderno surge representado por peças da vida diária (louças de cozinha e de mesa em cerâmica e faiança), mas também de vestígios de uma riqueza que contrasta com a ideia de periferia de Almada face a Lisboa.
Este luxo reflecte nos achados encontrados no local bem como na diversidade da proveniência: pedras preciosas, porcelanas chinesas, faianças espanholas, italianas e holandesas, vidro italiano, marfim africano e moedas de vários países europeus.
Tudo isto não será alheio à presença de uma burguesia rica e da nobreza, assim como da própria Casa Real, que se deslocava a Almada em tempos de peste ou simplesmente para usufruir dos seus terrenos, ricos em caça.



No Núcleo Museológico pode-se observar utensílios datados do século XIII, XIV e XV, em plena época em que a judiaria era habitada ainda por judeus.
























Encerrado aos Domingos, Segundas- feiras e Feriados
Rua Henriques Nogueira, 36 - Almada


nmedmoderno@cma.m-almada-pt






Fotografias de R@fael Baptista e de Manuela Videira
(Janeiro de 2015)




segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

No sábado, vigília...







(Placa da sinagoga grande de Lisboa, conservada no Museu Abraham
 Zacuto, cidade de Tomar).






“No sábado, vigília de santo André, visitei a sua sinagoga. Nunca tinha estado nestes templos. Num pátio que está diante dela cresce uma grande parreira, cujo tronco mede quatro palmos de perímetro. O interior, adornado com extrema beleza, tem uma cátedra ou púlpito para pregar ao estilo das mesquitas, ardiam dez enormes candelabros com cinquenta ou sessenta luzes cada um, além de muitas outras lâmpadas, e as mulheres estão colocadas em lugar separado do dos homens, alumiado de igual modo por uma profusão de luzes”.




Por Maria José Ferro Tavares



“As Judiarias de Portugal”. Lisboa: CTT
Correios de Portugal. 2010, página 33.





Trata-se de um resumo do relato de viagem por Espanha e Portugal, nos anos de 1494 e 1495, intitulado “Itinerarium sive peregrinatio pur Hispaniam, Franciam et Alemanaim”, do médico alemão Jerónimo Munzer, descrevendo a sinagoga grande de Lisboa,  que pelo relato desta testemunha da época,  seria um templo com certeza magnificente.






Fotografia de C@rlos Baptista
(2012)





Igreja de Santa Maria do Castelo - Lourinhã




Estamos perante uma belíssima igreja gótica do século XIV, classificada como Monumento Nacional, desde 29 de Junho de  1922.



Templo de três naves, separadas por oito arcos, com colunas monolíticas de calcário, encimadas por capitéis decorados com motivos vegetalistas.












A abside, ou capela -mor de abóboda artesoada, pertence a uma fase de construção mais antiga do que as naves.























No seu exterior, pode-se observar a norte, um pórtico decorado com conchas de vieira e nas fachadas poente e sul, capitéis historiados e ainda uma bela rosácea que encima o pórtico principal.





























Este Monumento está ligado à figura de D. Lourenço Vicente e aos Caminhos de Santiago.













Fotografias de C@rlos Baptista
(Dezembro de 2017)