quinta-feira, 9 de junho de 2016

Cabeço de Vide (Alentejo)









Cabeço de Vide é uma freguesia pertencente ao concelho de Fronteira, localizada no vasto e bonito território Alentejano.


Banhada pelas Ribeiras de Vide e do Vidigão, esta é uma região ocupada pelo Homem desde pelo menos o período Neolítico, que aqui encontrou excelentes condições de subsistência.
O povoamento romano deixou a sua forte influência pela região, passando aqui uma estrada subsidiária da importante via militar que ligava Lisboa a Mérida. Esta via servia as termas de Sulfúrea, onde foram encontradas ruínas de um balneário e muitos outros vestígios arqueológicos desta época.


Cabeço de Vide foi também ocupada pelos Mouros, sendo conquistada por D. Afonso Heniques em 1160, e de novo tomada pelos Mouros em 1190.
Na Idade Média Cabeço de Vide desenvolve-se, sofrendo posteriormente um forte declínio durante as campanhas da Restauração, perdendo cada vez mais a importância de outrora ao longo dos séculos.


A freguesia apresenta um orgulhoso Património de onde se destacam as ruínas do Castelo, a Capela do Espírito Santo do século XVI e o Pelourinho.





















A antiga Forca de Cabeço de Vide.







A Forca, despida já de todos os acessórios necessários à sua função, fica situada no outeiro do mesmo nome, a poente da Vila. À saída de Cabeço de Vide para Fronteira podem ver-se dois obeliscos paralelepípedos de alvenaria, gastos pelo tempo. É o que resta da Forca das justiças de Cabeço de Vide. Ela era complemento da função do Pelourinho para os casos de pena de morte e, ao contrário deste, localizava-se fora do aglomerado populacional.











O condenado era pendurado com uma corda ao pescoço suspensa de uma viga atravessada horizontalmente e sustentada pelos prismas que ainda hoje se mantêm no seu lugar. A morte dava-se por asfixia devido à estrangulação e distensão das vértebras cervicais.



O seu valor arqueológico aumenta, pelo facto de ser o único exemplar conhecido que escapou à destruição a sequência da abolição da pena de morte; em Portugal Continental, em 1852 para os crimes de natureza política e em 1867 para os crimes civis. Sabendo-se que Cabeço de Vide deixou de ser sede de concelho em 1855, tal facto pode ter motivado a não destruição deste monumento.





Retirado de:   Hotel Candelaria **** - Cabeço de Vide 
 Alentejo para Aldeias de Portugal

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 (Junho de 2009)