Cabeço de Vide é uma freguesia pertencente ao concelho de Fronteira,
localizada no vasto e bonito território Alentejano.
Banhada pelas Ribeiras de Vide e do Vidigão, esta é uma região
ocupada pelo Homem desde pelo menos o período Neolítico, que aqui encontrou
excelentes condições de subsistência.
O povoamento romano deixou a sua forte influência pela região,
passando aqui uma estrada subsidiária da importante via militar que ligava
Lisboa a Mérida. Esta via servia as termas de Sulfúrea, onde foram encontradas
ruínas de um balneário e muitos outros vestígios arqueológicos desta época.
Cabeço de Vide foi também ocupada pelos Mouros, sendo conquistada por
D. Afonso Heniques em 1160, e de novo tomada pelos Mouros em 1190.
Na Idade Média Cabeço de Vide desenvolve-se, sofrendo posteriormente
um forte declínio durante as campanhas da Restauração, perdendo cada vez mais a
importância de outrora ao longo dos séculos.
A freguesia apresenta um orgulhoso Património de onde se destacam as
ruínas do Castelo, a Capela do Espírito Santo do século
XVI e o Pelourinho.
A antiga Forca de Cabeço de Vide.
A Forca, despida já de todos os acessórios necessários à sua função,
fica situada no outeiro do mesmo nome, a poente da Vila. À saída de Cabeço de
Vide para Fronteira podem ver-se dois obeliscos paralelepípedos de alvenaria,
gastos pelo tempo. É o que resta da Forca das justiças de Cabeço de Vide. Ela
era complemento da função do Pelourinho para os casos de pena de morte e, ao
contrário deste, localizava-se fora do aglomerado populacional.
O condenado era pendurado com uma corda ao pescoço suspensa de uma viga
atravessada horizontalmente e sustentada pelos prismas que ainda hoje se mantêm
no seu lugar. A morte dava-se por asfixia devido à estrangulação e distensão
das vértebras cervicais.
O seu valor arqueológico aumenta, pelo facto de ser o único exemplar
conhecido que escapou à destruição a sequência da abolição da pena de morte; em
Portugal Continental, em 1852 para os crimes de natureza política e em 1867
para os crimes civis. Sabendo-se que Cabeço de Vide deixou de ser sede de
concelho em 1855, tal facto pode ter motivado a não destruição deste monumento.
Retirado de: Hotel Candelaria **** - Cabeço de Vide
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(Junho de 2009)