sábado, 29 de agosto de 2020
domingo, 23 de agosto de 2020
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Pelourinho de Óbidos
Pelourinho, símbolo de jurisdição e lugar de castigo de
criminosos, encontra-se localizado junto ao paredão que suporta o chafariz da
Praça de Santa Maria, na bonita Vila de Óbidos.
Pensa-se que terá sido erigido durante o período
manuelino, em virtude das características tipológicas que apresenta, podendo
estar relacionado com o foral concedido à vila, por D. Manuel, em 1513.
Desconhece-se, no entanto, se este foi o único pelourinho existente ou se veio
substituir outro mais antigo.
O monumento, construído em cálcario da região, assenta
em três degraus semicirculares e apresenta uma base formada por três
plataformas hexagonais, da qual se eleva uma coluna de secção cilíndrica,
constituída por dois tambores separados a meio por um cordame e decorados por
elementos fitomórficos alternados com bolas dispostas em diagonal. A rematar a
segunda parte da coluna existe um capitel em forma de pinha, elemento
característico do período manuelino, que é encimado por um pináculo de estrias
helicoidais. O capitel apresenta uma secção delimitada por dois cordames,
decorada com motivos enxadrezados, da qual parte uma coroa desenvolvida em
motivos vegetalistas, nomeadamente folhas de acanto; ao centro exibe outra
pinha rematada por duas cordas, que terminam no pináculo de secção circular,
caracterizado por faces talhadas em forma de bisel, que correm do meio até ao
remate final, onde uma cruz de ferro prolonga o pelourinho na vertical.
O pelourinho encontra-se, ainda, ornado, junto do
lintel, por dois símbolos heráldicos: o escudo real e o camaroeiro de D. Leonor
(emblema pessoal da rainha).
Classificado como Monumento Nacional.
Texto de: CNC - Centro Nacional de Cultura
www.e-cultura.pt/patrimonio_item/3293
Fotografias de C@rlos Baptista
(Julho de 2020)
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
Ponte de Trajano - Chaves
A Ponte Romana de Chaves, também referida como ponte de
Trajano, localiza-se sobre o rio Tâmega, na cidade de Chaves, distrito de Vila
Real.
Foi como o nome indica, concluída na época do imperador
Trajano, entre os finais do século I e inícios do século II da era comum.
Notável obra de engenharia com cerca de 150 metros de
comprimento.
A meio desta ponte, podemos observar dois documentos
epigráficos da carácter honorífico em tributo das gentes flavienses e dos dez
povos que ajudaram na sua construção.
Ponte classificada como Monumento Nacional, constitui
para todos os efeitos, como um dos melhores legados deixados pelos romanos na
antiga Aquae Flaviae.
Trajano
Fotografias de R@fael Baptista
(2013)
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
Capela da senhora do Carmo - Óbidos
Capela da senhora do Carmo ou Capela de São João de
Mocharro
A antiga capela de São João do Mocharro é o mais
importante templo medieval que se conserva na "medievalizada" vila de
Óbidos, e um dos que melhor reflecte o que foi a arquitectura gótica nos reinados de D. Dinis e de D. Afonso IV.
D. Dinis e o seu filho D. Afonso IV.
Este templo foi edificado, provavelmente, no século XIV,
tendo sido sede de paróquia até ao século XVII. Era então conhecida pelo nome
de Capela de São João de Mocharro.
Trata-se de uma Capela de características góticas que
apresenta um portal de vão em arco quebrado, com arquivoltas assentes em
colunas cilíndricas embebidas por capiteis fitomórficos.
No interior, o templo apresenta uma nave única com tecto
de madeira que abre para a capela-mor através de um arco triunfal em arco
pleno.
A história desta igreja, outrora dedicada a São João
Baptista, perde-se no tempo.
A tradição diz ter existido neste mesmo local um templo
dedicado a Júpiter. Embora as evidências arqueológicas não tenham ainda
confirmado esta hipótese, nada aponta, porém, em sentido contrário. Certo é que
no período muçulmano aqui existia uma comunidade cristã com a sua igreja
dedicada a São João Baptista, devoção muito característica entre os moçárabes.
No início da reconquista esta igreja foi reparada ou
reconstruída, sobrevivendo do seu passado românico apenas uma pequena porta no
alçado Norte. Também nos séculos XIV e XV a igreja sofreu grandes obras, mas
gradualmente a sua periferia urbana se foi desfazendo. Grande parte das
actividades que sustentavam a comunidade do Mocharro estavam ligadas à Lagoa.
Com o seu recuo natural e o assoreamento artificial feito no século XVI, muitas
pessoas deverão ter-se deslocado para as localidades de Arelho e Santa Rufina,
nas margens da Lagoa.
Em 1636 a Paróquia e Colegiada de São João pediram à
Misericórdia de Óbidos o empréstimo da capela de S. Vicente, que antigamente
dava apoio ao hospital dos gafos. Anuindo ao pedido, a paróquia instalou-se
nesse templo, permanecendo aí até à sua extinção no séc. XIX.
Já no século XVII a igreja de São João adoptou novo
orago, ficando dedicada à senhora do Carmo.
Desta igreja, hoje parcialmente reabilitada depois de
mais de meio século de abandono e ruína, subsiste uma excelente imagem de São
João Baptista, produzida em Coimbra no século XV; e a imagem da senhora do Carmo, de 1636, oferecida pelo 1.º
conde de Óbidos, D. Vasco de Mascarenhas.
O que
resta de uma sepultura antropomórfica situada junto
à entrada da antiga Capela.
É de lamentar o estado de abandono em que se encontra
este monumento do século XIV.
Classificado como
Imóvel de Interesse Público.
Via: jfsmariapedrosobral.pt
patrimoniocultural.gov.pt
Fotografias de C@rlos Baptista
(Junho de 2020)
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