sábado, 29 de agosto de 2020

Cromeleque de Monserrate





Pensa-se que esta falsa estrutura pré-histórica foi erigida por determinação de William Beckford, entre 1794 e 1799.


Os cromeleques são estruturas construídas pelos nossos antepassados pré-históricos, provavelmente com objectivos religiosos.














Fotografias de C@rlos Baptista
( Agosto de 2020 )





domingo, 23 de agosto de 2020

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Pelourinho de Óbidos








Pelourinho, símbolo de jurisdição e lugar de castigo de criminosos, encontra-se localizado junto ao paredão que suporta o chafariz da Praça de Santa Maria, na bonita Vila de Óbidos.
Pensa-se que terá sido erigido durante o período manuelino, em virtude das características tipológicas que apresenta, podendo estar relacionado com o foral concedido à vila, por D. Manuel, em 1513. Desconhece-se, no entanto, se este foi o único pelourinho existente ou se veio substituir outro mais antigo.








O monumento, construído em cálcario da região, assenta em três degraus semicirculares e apresenta uma base formada por três plataformas hexagonais, da qual se eleva uma coluna de secção cilíndrica, constituída por dois tambores separados a meio por um cordame e decorados por elementos fitomórficos alternados com bolas dispostas em diagonal. A rematar a segunda parte da coluna existe um capitel em forma de pinha, elemento característico do período manuelino, que é encimado por um pináculo de estrias helicoidais. O capitel apresenta uma secção delimitada por dois cordames, decorada com motivos enxadrezados, da qual parte uma coroa desenvolvida em motivos vegetalistas, nomeadamente folhas de acanto; ao centro exibe outra pinha rematada por duas cordas, que terminam no pináculo de secção circular, caracterizado por faces talhadas em forma de bisel, que correm do meio até ao remate final, onde uma cruz de ferro prolonga o pelourinho na vertical.
O pelourinho encontra-se, ainda, ornado, junto do lintel, por dois símbolos heráldicos: o escudo real e o camaroeiro de D. Leonor (emblema pessoal da rainha).









Classificado como Monumento Nacional.



Texto de: CNC - Centro Nacional de Cultura

  www.e-cultura.pt/patrimonio_item/3293





Fotografias de C@rlos Baptista
(Julho de 2020)





segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Ponte de Trajano - Chaves









A Ponte Romana de Chaves, também referida como ponte de Trajano, localiza-se sobre o rio Tâmega, na cidade de Chaves, distrito de Vila Real.
Foi como o nome indica, concluída na época do imperador Trajano, entre os finais do século I e inícios do século II da era comum.
Notável obra de engenharia com cerca de 150 metros de comprimento.



A meio desta ponte, podemos observar dois documentos epigráficos da carácter honorífico em tributo das gentes flavienses e dos dez povos que ajudaram na sua construção.
Ponte classificada como Monumento Nacional, constitui para todos os efeitos, como um dos melhores legados deixados pelos romanos na antiga Aquae Flaviae.










Trajano




















Fotografias de R@fael Baptista
(2013)





quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Capela da senhora do Carmo - Óbidos








Capela da senhora do Carmo ou Capela de São João de Mocharro


A antiga capela de São João do Mocharro é o mais importante templo medieval que se conserva na "medievalizada" vila de Óbidos, e um dos que melhor reflecte o que foi a arquitectura gótica nos  reinados de D. Dinis e de D. Afonso IV. 




D. Dinis e o seu filho D. Afonso IV.



Este templo foi edificado, provavelmente, no século XIV, tendo sido sede de paróquia até ao século XVII. Era então conhecida pelo nome de Capela de São João de Mocharro.
Trata-se de uma Capela de características góticas que apresenta um portal de vão em arco quebrado, com arquivoltas assentes em colunas cilíndricas embebidas por capiteis fitomórficos.








No interior, o templo apresenta uma nave única com tecto de madeira que abre para a capela-mor através de um arco triunfal em arco pleno.
A história desta igreja, outrora dedicada a São João Baptista, perde-se no tempo.


A tradição diz ter existido neste mesmo local um templo dedicado a Júpiter. Embora as evidências arqueológicas não tenham ainda confirmado esta hipótese, nada aponta, porém, em sentido contrário. Certo é que no período muçulmano aqui existia uma comunidade cristã com a sua igreja dedicada a São João Baptista, devoção muito característica entre os moçárabes.


No início da reconquista esta igreja foi reparada ou reconstruída, sobrevivendo do seu passado românico apenas uma pequena porta no alçado Norte. Também nos séculos XIV e XV a igreja sofreu grandes obras, mas gradualmente a sua periferia urbana se foi desfazendo. Grande parte das actividades que sustentavam a comunidade do Mocharro estavam ligadas à Lagoa. Com o seu recuo natural e o assoreamento artificial feito no século XVI, muitas pessoas deverão ter-se deslocado para as localidades de Arelho e Santa Rufina, nas margens da Lagoa.


Em 1636 a Paróquia e Colegiada de São João pediram à Misericórdia de Óbidos o empréstimo da capela de S. Vicente, que antigamente dava apoio ao hospital dos gafos. Anuindo ao pedido, a paróquia instalou-se nesse templo, permanecendo aí até à sua extinção no séc. XIX.










Já no século XVII a igreja de São João adoptou novo orago, ficando dedicada à senhora do Carmo.
Desta igreja, hoje parcialmente reabilitada depois de mais de meio século de abandono e ruína, subsiste uma excelente imagem de São João Baptista, produzida em Coimbra no século XV; e a imagem da senhora do Carmo, de 1636, oferecida pelo 1.º conde de Óbidos, D. Vasco de Mascarenhas.






O que resta de uma sepultura antropomórfica situada junto
 à entrada da antiga Capela.



É de lamentar o estado de abandono em que se encontra 
este monumento do século XIV.










 Classificado como Imóvel de Interesse Público.




Via: jfsmariapedrosobral.pt
               patrimoniocultural.gov.pt










Fotografias de C@rlos Baptista
(Junho de 2020)