quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Castelo de Alenquer




Actualmente, o que resta deste antigo e imponente castelo, são ainda alguns troços de muralha, a "Porta da Conceição" e a "Torre da Couraça".

É urgente a recuperação naquilo que se pode recuperar, e dar a este monumento uma melhor utilidade à população local e ao turista nacional e estrangeiro  que visita a vila de Alenquer.




O CASTELO DE ALENQUER - AS SUAS PORTAS E POSTIGOS



Na gravura abaixo que datamos do séc. XVI por lá estar, em 14, o moinho de papel de Manuel Teixeira(1), poderá o nosso leitor verificar que, esquematicamente, o recinto amuralhado tinha a forma de um semicírculo ou crescente (algo imperfeito), sendo visíveis em 2 e 3 as duas principais portas da vila que, por assim o serem, denominavam-se portas de armas. Uma conhecida como "da Vila" assinalada com 2. Outra, conhecida como"do Carvalho", mais tarde como de "Santo António" e mais modernamente, "da Conceição", assinalada com 3.








Alenquer medieval - Desenho de Mestre João Mário para uma
 publicação da C.M.A. - Carregar na imagem para ampliar.




Quanto a postigos, o mais importante, assinalado em 4, situava-se mais ou menos por cima do local onde na actualidade se monta pelo Natal o monumental Presépio e dava acesso a um íngreme carreiro que conduzia ao rio. Um outro situava-se em 6, frente à já desaparecida igreja de S. Tiago. Este último, talvez não fosse bem um simples postigo, mas sim a chamada porta da traição, nome dado num castelo à porta com menor tamanho, na medida do possível dissimulada e situada distante da(s) portas  principais e em sentido oposto ao da localização daquelas,  aberta na muralha à medida de uma qualquer emergência (de notar que estes pressupostos nem sempre se verificavam cumulativamente).




Al Ain Keir  - couraca.blogspot.com









Segundo a descrição que a CMA faz sobre a fortaleza de Alenquer, esta, parece ter tido um grande valor estratégico na linha defensiva da margem direita do Tejo durante a Idade Média, sido construída no tempo em que os muçulmanos dominavam o território.


O nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques terá gasto dois meses na 
sua conquista, em 1148.






D. Afonso Henriques











Posteriormente o castelo recebeu melhoramentos no campo defensivo, fortalecendo suas muralhas, não evitando contudo, de ser alvo de cercos célebres, sem êxito, o que atesta da sua robustez.

No ano de 1199, na carta em que D. Sancho I avisa alguns alcaides da vinda dos franceses, consta já o primeiro alcaide-mor de Alenquer, Gomes Mendes. O Castelo de Alenquer era, nos séculos XIV e XV, um dos 15 castelos da Estremadura e de cerca de cem, no país.







D. Sancho I




Residência real no final da Idade Média, o castelo foi parcialmente destruído em 1385, quando D. João I subiu ao trono e o alcaide de Alenquer havia jurado fidelidade à causa castelhana. A torre de menagem foi destruída e parte das muralhas seguiram o mesmo caminho. 






D João I

Ilustração de Nuno Freire.


















No século XVI, o estado de abandono do castelo levou a que se entulhasse a cisterna e, a partir de 1580, abraçando novamente o seu alcaide o lado errado da História (neste caso o partido de D. António, prior do Crato), o castelo entrou em definitiva decadência, não voltando a ser reconstruido. Paulatinamente, passou a ser utilizado como pedreira e, no século XIX, foi a própria Autarquia a determinar a demolição de algumas parcelas.







O que supostamente sobrou da torre de menagem.















Classificação como Imóvel de Interesse Público.






Fontes:  site da CMA
couraca.blogspot.com
www.patrimoniocultural.gov.pt






Fotografias de C@rlos Baptista
(Junho de 2018)






terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Fóssil - Lourinhã




Fóssil incrustado na lateral da fachada da igreja de Santa Maria do Castelo - Lourinhã.













Fotografias de C@rlos Baptista
(Dezembro de 2017)





quinta-feira, 3 de janeiro de 2019