Estátua de guerreiro lusitano-galaico proveniente de Outeiro, Castro
de Lezenho, perto de Vila Real. Encontra-se hoje exposta no Museu de
Arqueologia de Lisboa. Datada da Segunda Idade do Ferro, ou seja, por volta da
invasão romana, é um de muitos exemplares da cultura "castreja"
exumados desde o século XIX em sucessivas campanhas arqueológicas no noroeste
peninsular.
Os guerreiros lusitanos vestiam uma camisa de cores garridas e
ornamentadas com motivos talismânicos e um saio com padrões de tartan, característico
das culturas indo-europeias, apertado à cintura por um cinturão com aplicações
metálicas. Calçavam botins em couro. A cabeça era protegida por um capacete em
bronze com um pico no topo do qual pendia um adorno de crina de cavalo.
Para sua defesa, carregavam um escudo redondo de madeira reforçado
com aplicações metálicas e como arma a famosa falcata, espada curta e arqueada.
Fotografias de Manuela Videira
(2016)