quarta-feira, 31 de outubro de 2018
terça-feira, 23 de outubro de 2018
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
Egitânia - Idanha-a-Velha
Conjunto arquitectónico e arqueológico de Idanha-a-Velha.
Antiga capela de S. Sebastião, edifício datável
do século XVII.
Os vários povos que passaram por Idanha-a-Velha (a antiga Egitânia
romana) deixaram diversos vestígios monumentais. Com efeito, Idanha-a-Velha foi
a capital da civitas Igaeditanorum, que parece ter sido fundada por Augusto.
Não tendo existido oppidae anteriores, este facto teve,
provavelmente, como consequência imediata um maior investimento na área
construtiva do que nas povoações onde aquelas estruturas já existiam. Estas
edificações eram dirigidas pelos magistri eleitos, que governavam a sua
respectiva civitas por não possuírem o ius Latii.
Porta norte e muralhas.
Na antiguidade tardia, a cidade é dotada de uma muralha, reduzindo a
sua área e deixando de fora casas e edifícios públicos.
Entre
outras características construtivas, constata-se que Idanha-a-Velha não possui
acrópole, como sucederia normalmente noutras cidades romanas, talvez por ter
sido erguida numa ligeira ondulação de terreno. Todavia, tal facto não impediu
que o seu principal centro cívico fosse instalado num dos seus pontos mais
elevados, coroando a povoação, embora de uma forma menos evidente e monumental.
Embora não se detenha, ainda, todos os dados necessários à possível reconstituição abrangente e fiel do forum (tal
como sucede em Conímbriga), os vestígios arqueológicos de Idanha-a-Velha
possibilitam, contudo, localizá-lo. É o caso do podium do templo romano que lhe
pertencia, perfazendo aquele que era considerado um verdadeiro centro cívico e
religioso da cidade romana.
Esta "basílica" foi sujeita a uma campanha de remodelação
durante o século IX, sendo posteriormente adaptada a outros estilos entre os
séculos XIV e XVI. No entretanto, era erguida a "Torre dos Templários"
precisamente sobre o embasamento de um templo romano, na antiga zona do forum,
sobre a qual seria construído um templo medieval. Para além destes edifícios,
existia um vasto circuito de muralhas eventualmente subsidiário de uma primeira
fortificação datada do século II, e que foi sujeito a remodelações ao longo do
século IX.
Ruínas do Paço Episcopal.
Época sueva e visigótica.
Desde alguns anos a esta parte que decorre um projecto integrado de
conservação e valorização dos diversos edifícios históricos constitutivos do
conjunto monumental de Idanha-a-Velha, promovido pelo IPPAR, baseado na
estratégia de valorização de toda a povoação. Assim, entre outras intervenções,
criou-se um passadiço de visita no coroamento da muralha na zona da "Porta
Norte", reconstruindo-se os torreões aí existentes e projectando a
reconstrução de uma antiga casa de fundação manuelina para instalação do posto
de turismo de Idanha-a-Velha, realizado no âmbito da filosofia de intervenção
nos monumentos arqueológicos visitáveis, tendente a criar infra-estruturas
imprescindíveis ao melhoramento da interpretação dos sítios visitados, ao mesmo
tempo que a regular e disciplinar os fluxos de visita.
[AMartins]
Arquivo Epigráfico.
Igreja de S. Maria (Sé).
Fórum e Torre de Menagem.
Pelourinho e antiga Casa da Câmara.
Texto retirado de: www.patrimoniocultural.gov.pt
Direção-Geral do Património Cultural
Fotografias de Manuela Videira, Rafael Baptista e
de C@rlos Baptista
(Setembro de 2018)
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