domingo, 30 de abril de 2017

Anta de Agualva / Anta do Carrascal









Monumento megalítico, incorporando a tipologia de uma anta, antecedida por um corredor.


Anta recentemente requalificada e recuperada, revela uma ocupação única, encontrando-se sobre uma pequena elevação mamilar, que poderá constituir os vestígios da antiga mamoa.











O seu espólio, constituído por utensílios líticos, cerâmica e ossadas humanas, encontra-se no Museu dos Serviços Geológicos de Portugal.
























 Este monumento da pré-história está situado na Quinta do Carrascal (Bairro da Anta), na Agualva Cacém.



Classificada como Monumento
 Nacional em 1910.





 Fotografias de Manuela Videira
(Abril de 2017)




O passado






 A anta do Carrascal / Agualva, fotografada por G. e Vera Leisner em 
1933 ou 1944 (Arquivo Leisner, DGPC).






 Planta da anta do Carrascal/Agualva
 (seg. Carlos Ribeiro, 1880).







Gravura litográfca, reproduzindo  desenhos a carvão das antas  de 
Carrascal/Agualva (seg. RIBEIRO, 1878). 

(Arquivo J. L. Cardoso).







segunda-feira, 17 de abril de 2017

Capela de São Mamede de Janas





Esta capela localiza-se na estrada que 
liga Janas a Fontanelas.















O sítio de São Mamede de Janas tem uma longa história de sacralidade, remontando as suas origens, pelo menos, ao período de domínio romano, altura em que aqui se terá edificado um primitivo templo. Dessa estrutura restam ainda importantes vestígios junto aos contrafortes do actual templo, mas a identificação nas proximidades de espólio pré-histórico (FERREIRA, 1962, pp.340 e 363) pode fazer recuar ainda mais a cronologia inicial de ocupação do local (...).
















Os vestígios romanos materiais são pouco relevantes e resumem-se a "restos duma construção baixa, muito grosseira, também de planta circular e constituída por pesados blocos de calcário ligados por argamassa e dispostos de maneira a formarem dois degraus" (IDEM, p.337). No entanto, existem bons argumentos que relacionam esse passado romano com a planta circular do templo (que teria sido, assim, mantida na construção da capela), com a estranha solução "de seis elegantes colunas de fuste liso, de sabor clássico, que se ergue ao centro" (IDEM, p.338) e, ainda, com o aparecimento de algumas sepulturas de inumação nas imediações (IDEM, p.341). 



No século XIX, o Visconde de Juromenha admitiu a hipótese de aqui ter existido um templo dedicado a Janus (facto que explicaria também o topónimo Janas), mas estudos posteriores sedimentaram a hipótese de se ter tratado de um templo a Diana, pela natural continuidade de culto entre a divindade pagã e o santo cristão (ambos protectores dos animais), pela possível origem do topónimo Janas em Diana (com forma intermédia em Jana, ou Iana) e pela circunstância de os templos romanos dedicados a esta deusa serem de planta circular (IDEM).



Esta hipótese de interpretação (que o autor prudentemente assim cataloga), não foi, até ao momento, confirmada ou rejeitada, pelo facto de ainda não se terem realizado escavações sistemáticas no local. Desta forma, apenas sabemos que, antes da actual capela, existiu um outro templo, cujos indícios materiais e conceptuais apontam para o período romano. Também desconhecemos a evolução do sítio durante toda a Idade Média, sendo certo que ele já existia em 1494, altura em que se refere a ermida de São Mamede (MARQUES, 1939).












A actual configuração data da época moderna, provavelmente de finais do século XVI (como se menciona nos Tesouros Artísticos de Portugal, 1978, p.304), ou já do século XVII (como pretendeu CORREIA, 1914, p.212). O carácter erudito da sua estrutura central, circular e formada por colunas italianizantes de fuste liso e capitéis que suportam um tambor que se ergue até ao tecto, fez com que alguns autores sugerissem tratar-se de uma obra devida ao génio de Francisco d'Ollanda, que sabemos ter andado por estas paragens.



Em volta do tempietto, existe o corpo do templo, de planta circular, com banco corrido a toda a volta, interrompido pela minúscula capela-mor, cujo altar é ladeado por ex-votos animalistas. O púlpito, que pretendeu copiar o tempietto, é de 1881. No exterior, sobressai o alpendre (estrutura tão comum nos templos rurais do aro de Sintra), que se adossa a metade da capela e ao qual se acede por duas portas, e os três contrafortes que reforçam a parte mais baixa do monumento.















A ermida é ainda importante de um ponto de vista antropológico, uma vez que, entre 15 e 17 de Agosto, aqui se realiza uma curiosa romaria de pendor rural, que consiste na condução de gado em volta do templo. A tradição impõe que se façam três voltas rituais no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio e, muitas vezes, os seus donos depositam ex-votos no interior, acompanhados de ofertas como trigo, cevada ou azeite (recebendo os animais, em troca, fitas de cores que conservam durante o ano). Esta "troca" devocional continua ainda a verificar-se nos dias de hoje, embora já sem a amplitude de outros tempos, em que chegou a verificar-se a afluência de manadas vindas de uma vasta região que ia de Cascais a
Torres Vedras.










Está classificado como Imóvel de 
Interesse Público.




Texto retirado de: www.patrimoniocultural.gov.pt
(Direcção – Geral do Património Cultural)





Fotografias de e tratadas  através de
 SmartHDR, por  Rafael Baptista.
(Abril de 2017)






terça-feira, 11 de abril de 2017

Capela de S. Lourenço - Azenhas do Mar





Esta Capela, que segundo alguns testemunhos poderá ter mais de dois séculos, terá sofrido ao longo dos anos algumas intervenções arquitectónicas,  que lhe alteraram de forma radical a imagem que hoje apresenta.














Fotografia retirada do blogue: 
riodasmacas.blogspot.pt





A actual estrutura é composta por vários volumes onde se destacam a galilé e a nave do templo. A galilé, de, apresenta características únicas relativamente àquelas que podemos encontrar no restante concelho. A grande entrada ocupa praticamente toda a largura do alpendre. Duas colunas, de secção cilíndrica e apoiadas em bases quadrangulares, suportam um arco de volta perfeita que se expande para as laterais terminando em forma rectangular, tal-qualmente uma serliana de traço e fundação vernácula. O telhado de duas águas detém forro de madeira que contrasta com os bancos de pedra corridos existentes de ambas as laterais da estrutura. A norte e a sul abrem-se duas janelas, ambas com uma coluna de fuste liso ao centro, inundando de luz o espaço interior da galilé.



C.M.S. 
( Divisão de Património Histórico-Cultural )
























Coreto









Fotografias de C@rlos Baptista

(2016)







quarta-feira, 5 de abril de 2017

Valpaços





No centro histórico da cidade de Valpaços, encontra-se esta construção em pedra, com data de 1886.














Fotografia de Rafael Baptista
(Setembro de 2015)




Curiosidade - Hans Christian Andersen













O famoso escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, aqui esteve hospedado em 1866, na casa da família O'Neill, em Santa Maria.












Fotografias de Manuela Videira

(2015)