quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Frase de César

 


"A experiência é a mestre de todas as coisas."


Caio Júlio César




Villa Romana de Casais Velhos - Cascais.






Fotografias de Hugo Pires
(Agosto de 2020)





quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Mosteiro Sta Maria de Seiça - Figueira da Foz


 

Este Mosteiro terá sido erguido por volta de 1162.
Lamentavelmente, encontra-se em estado de completo abandono.
Está localizado em Seiça, muito perto da Figueira da Foz.










Igrejas de Torres Vedras

 






Igreja e Convento de Nossa Senhora da Graça



O Convento de Nossa Senhora da Graça foi mandado construir no século XVI (1544 - 1580) pelos frades eremitas calçados de Santo Agostinho (ou gracianos), para substituir o anterior edifício — fundado em 1266 —, situado na zona baixa de Torres Vedras, devido às constantes inundações que este sofria, com as cheias do Rio Sizandro. 


O edifício, de enormes e majestosas proporções, possui uma estrutura conventual quinhentista centrada num amplo claustro, para o qual se abrem as áreas de culto (igreja conventual, cemitério coberto, sacristia e ante-sacristia) e de clausura (portaria, biblioteca, sala do capítulo, ala poente, celas, gafaria, refeitório, cozinha e celeiro). 


É um edifício tipicamente maneirista. Na parede exterior perfilam-se grossos contrafortes decorados, terminando em gárgulas.
A igreja é precedida por uma ampla galilé, revestida com silhares de azulejos de albarradas, do século XVIII, a que dão acesso arcos de volta perfeita. A porta principal é datada de 1733.
A portaria do antigo convento é decorada com painéis de azulejos de excelente execução, de 1725, representando cenas da vida de S. Gonçalo de Lagos, prior do primeiro convento agostiniano da vila













Igreja de S. Pedro



A Igreja de S. Pedro, a par da de Santa Maria do Castelo, é a mais antiga das quatro matrizes da cidade e a segunda, em precedência, a seguir àquela. Sabe-se que já existia no reinado de D. Afonso Henriques, mas foi totalmente reconstruída no início do século XVI, sofrendo nova reconstrução após o terramoto de 1755. Apresenta planta longitudinal e a cabeceira voltada a poente, como era costume nas igrejas medievais. Tem uma pequena sacristia que comunica com a Casa da Irmandade dos Clérigos Pobres, onde, em 1929, funcionou o Museu Municipal, e onde funciona, actualmente, o Cartório Paroquial. Trata-se de uma interessantíssima sala, cujas paredes são forradas com azulejos figurativos setecentistas, com base em gravuras de Cláudio Coelho, e o tecto com quatro telas de Bernardo de Oliveira Góis, representando os evangelistas. A torre sineira, adossada à direita da igreja, é de planta quadrangular.







Notável é o pórtico principal, de estilo manuelino, de duas arquivoltas com decoração vegetalista e de animais fantásticos, encimado pelo escudo de armas de D. Maria, mulher de D. Manuel I. No teto, junto à porta, datada de 1712, figuram os atributos de S. Pedro: a tripla tiara papal e as chaves do paraíso. Na fachada lateral norte existem outros dois pórticos: o primeiro, também quinhentista, de moldura retangular, é encimado por um frontão de volutas, com as armas de S. Pedro entre duas cornjjas e rematado por cruz; o segundo é um portal manuelino, decorado com flores de quatro pétalas e encimado por um rosto humano, proveniente de uma capela do Turcifal, demolida no século XX. 


O altar-mor é de óptima talha dourada, com belos entalhes, e data de 1683. Apresenta colunas dois nichos de baldaquinos concheados, com as imagens de S. Pedro, do lado esquerdo, e de S. Paulo, do lado direito. Merece especial realce o relevo estofado da porta do sacrário, representando a Ressurreição. Dos dois lados da capela-mor, pintada com marmoreados, figuram quatro telas de doutores da igreja, em boa pintura, com molduras de talha dourada. A capela-mor é separada da nave por uma teia seiscentista de torneados de pau-preto. As paredes são decoradas por azulejos de ponta de diamante, com cercadura de “dente de lobo” e um rodapé de azulejos de tipo tapete, todos do século XVII. No tecto, pintado, o Cordeiro de Deus.


O corpo da igreja é de três naves de quatro tramos, separadas por arcos plenos sobre oito colunas com capitéis toscanos, sendo os arcos do último tramo manuelinos, com representação de flores estilizadas. O tecto da nave central é em abóbada de berço, de madeira, com caixotões e ornatos pintados, do século XVIII. As naves laterais são cobertas por abóbadas de cruzaria, da segunda metade do século XVI. 


Junto ao arco cruzeiro, estão dois altares colaterais. O do lado do Evangelho (esquerda), também de talha dourada do barroco pleno, é dedicado à sª da Conceição, onde a imagem da senhora é ladeada pelas de seus pais, Santa Ana e S. Joaquim. O do lado da Epístola (direita) é dedicado à Santíssima Trindade, e apresenta a imagem de S. Tiago. Esta capela foi instituída pela família Perestrelo, cujo brasão de armas encima a janela; nela se encontra um arcossólio (cujo arco envolvido por nastros imita formalmente o arco do portal principal), onde está depositada a arca tumular renascentista de João Lopes Perestrelo, famoso navegador, companheiro de Vasco da Gama na sua viagem à Índia.


Na nave esquerda, situa-se o altar de Cristo Crucificado, com a imagem da sª das Dores: o seu actual aspecto deve-se à oxidação da purpurina que lhe foi aplicada tardiamente. Na nave direita, situa-se a capela da senhora da Boa-Hora, fundada em 1613, com a imagem da  senhora e três telas, representando o Presépio, a s.ª da Conceição; as paredes da capela são pintadas e forradas de silhares de azulejos figurativos setecentistas, representando passos da vida da senhora: Anunciação, Deposição de Cristo, Assunção, Casamento e Fuga para o Egipto. Segue-se o altar da sr.ªde Fátima, em talha, do século XVIII.














As paredes da nave são forradas de azulejos enxaquetados verdes e brancos, do século XVI e, ladeando o guarda-vento, de azulejos de padrão, do século XVII. Existem, também, silhares figurativos, do século XVIII, junto ao altar da sr.ª da Conceição - de temática profana - e na nave central, onde figuram quatro cartelas com atributos de S. Pedro: o barco (por ser pescador), a espada cortando uma orelha (a orelha que cortou a Malco), o galo (da negação de Cristo) e os grilhões (por ter estado preso).


O púlpito, de mármore recortado, é digno de realce. O batistério, coberto por abóbada de concha, é resguardado por uma grade de ferro, executada em 1719, e possui uma pia baptismal manuelina.
O coro alto, com balaustrada e cadeiral, liga-se à bela mísula de talha dourada, com ornatos do estilo rocailie, onde se encontra um bom órgão, do século XVIII. 










Junto ao guarda-vento, para onde foram deslocadas no século XIX, encontram-se diversas sepulturas com inscrições, como as de Martim João Bravo, da Casa da Imperatriz D. Isabel (de mármore, com um brasão de armas com um leão rompente), de António Perestrelo, filho de João Lopes Perestrelo, e de Mouzinho de Albuquerque, militar morto em 1846 na batalha de Torres Vedras, sob o púlpito.



A igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1910.















Igreja de Santa Maria do Castelo



Situada no interior do Castelo de Torres Vedras, a Igreja de Santa Maria é uma das mais antigas das quatro matrizes da Cidade. É mesmo provável que tenha sido erguida sobre algum templo islâmico, aí existente durante o período de dominação árabe. 
A sua construção deverá remontar à segunda metade do século XII, pouco tempo depois da tomada do Castelo aos mouros, por D. Afonso Henriques, em 1148. 
O orago da igreja é  a senhora da Assunção (15 de Agosto). Até ao início do século XIX, na noite de 14 de Agosto faziam-se diversas fogueiras no adro da igreja e nas ameias do Castelo, para comemorar o dia em que, segundo a tradição, D. Afonso Henriques terá tomado o Castelo aos mouros.













Implantada num local altaneiro, a igreja é precedida de uma escadaria de acesso e a sua cabeceira está voltada a poente, como era costume nas igrejas medievais. 
A igreja apresenta os únicos vestígios arquitectónicos do estilo românico existentes no concelho de Torres Vedras. Os trechos românicos,  são classificados como Monumento Nacional.
A igreja de Santa Maria tem a rara particularidade de possuir duas torres. Uma é a normal torre sineira e, a outra, é a torre do relógio, com os seus dois sinos. Esta última é propriedade da Câmara Municipal que, até aos dias de hoje, continua responsável por dar corda ao relógio duas vezes por dia. As duas torres ruíram com o terramoto de 1755 e foram reconstruídas posteriormente.























Igreja de Santiago



A Igreja de Santiago resulta da reconstrução quinhentista de um edifício primitivo, tendo sofrido ainda várias obras de remodelação, nomeadamente no século XVIII, provavelmente exigidas pela acção danosa das cheias do rio Sizandro, que durante o Inverno inundavam a parte baixa da vila. Da primeira campanha de Quinhentos restam alguns janelões, contrafortes e o portal principal, de arquivoltas redondas inteiramente cobertas por lavores Manuelinos. Na fachada, datada da remodelação mais tardia, rasga-se ainda uma janela de verga reta encimada por óculo redondo, a eixo com o referido portal. Divide-se em três panos, sendo o central rematado por frontão circular com cornija contracurvada, e o direito constituindo o corpo da sineira, vazada por frestas redondas. 


O interior é coberto por abóbada de berço de caixotões na nave, única e muito larga, e abóbada de cruzaria simples na capela-mor, sendo esta revestida com grandes silhares de azulejos setecentistas. Aí se encontra um retábulo de talha, com colunas salomónicas, assente sobre friso de mármores embutidos. Do acervo da Igreja de Santiago, hoje bastante reduzido, destaca-se a pia baptismal, semelhante à da Igreja de Santa Maria do Castelo, e a escada de caracol do coro alto, em pedra, ambos do século XVI. O cadeiral do coro constitui um bom exemplar de talha maneirista, datado de 1634, e coevo do interessante púlpito de mármore que enriquece a nave. Refira-se, por fim, o conjunto de pinturas murais descobertas na década de oitenta do século XX, cobrindo o tecto da igreja, e até então tapadas por uma camada de estuque.


Apresenta uma fachada em estilo manuelino e uma torre sineira. 


A igreja original terá provavelmente sido construída no reinado de D. Afonso Henriques, sendo referida num documento existente na Torre do Tombo, datado de 1286. Pelo seu livro de visitas, sabe-se que em 1586 se encontrava bastante arruinada, pelo que se procedeu pouco depois à sua reconstrução, que viria a ser terminada em 1615.


Em consequência do terramoto de 1755, sofreu apenas algumas fendas.











Textos retirados de: www.cm-tvedras.pt/turismo/visitar/
patrimonio-religioso





Fotografias de C@rlos Baptista
(Julho de 2020)





sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Marcas de extração - Castelo dos Mouros






 Entrada do Castelo



Marcas de extração de blocos de pedra por introdução de cunhas de madeira para o corte do granito, aproveitava-se então as fissuras naturais ou escavava-se, as quais eram introduzidas, sob pressão, cunhas de madeira secas que eram depois molhadas, fazendo-as inchar. A pressão exercida sobre a rocha provocava o destaque de blocos segundo as linhas de fractura.


Nos séculos XIX e XX, era ainda comum este tipo de trabalhar a pedra.
















Fotografias de C@rlos Baptista

(Junho de 2020)





sábado, 29 de agosto de 2020

Cromeleque de Monserrate





Pensa-se que esta falsa estrutura pré-histórica foi erigida por determinação de William Beckford, entre 1794 e 1799.


Os cromeleques são estruturas construídas pelos nossos antepassados pré-históricos, provavelmente com objectivos religiosos.














Fotografias de C@rlos Baptista
( Agosto de 2020 )





domingo, 23 de agosto de 2020

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Pelourinho de Óbidos








Pelourinho, símbolo de jurisdição e lugar de castigo de criminosos, encontra-se localizado junto ao paredão que suporta o chafariz da Praça de Santa Maria, na bonita Vila de Óbidos.
Pensa-se que terá sido erigido durante o período manuelino, em virtude das características tipológicas que apresenta, podendo estar relacionado com o foral concedido à vila, por D. Manuel, em 1513. Desconhece-se, no entanto, se este foi o único pelourinho existente ou se veio substituir outro mais antigo.








O monumento, construído em cálcario da região, assenta em três degraus semicirculares e apresenta uma base formada por três plataformas hexagonais, da qual se eleva uma coluna de secção cilíndrica, constituída por dois tambores separados a meio por um cordame e decorados por elementos fitomórficos alternados com bolas dispostas em diagonal. A rematar a segunda parte da coluna existe um capitel em forma de pinha, elemento característico do período manuelino, que é encimado por um pináculo de estrias helicoidais. O capitel apresenta uma secção delimitada por dois cordames, decorada com motivos enxadrezados, da qual parte uma coroa desenvolvida em motivos vegetalistas, nomeadamente folhas de acanto; ao centro exibe outra pinha rematada por duas cordas, que terminam no pináculo de secção circular, caracterizado por faces talhadas em forma de bisel, que correm do meio até ao remate final, onde uma cruz de ferro prolonga o pelourinho na vertical.
O pelourinho encontra-se, ainda, ornado, junto do lintel, por dois símbolos heráldicos: o escudo real e o camaroeiro de D. Leonor (emblema pessoal da rainha).









Classificado como Monumento Nacional.



Texto de: CNC - Centro Nacional de Cultura

  www.e-cultura.pt/patrimonio_item/3293





Fotografias de C@rlos Baptista
(Julho de 2020)